quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ouve com atenção...
Lê com atenção...
Vê com atenção...
Sente como puderes...

Um pouco do que tenho para dizer, nas palavras de um outro alguém...

Peter Pan

segunda-feira, 4 de outubro de 2010



Todos nós já passamos por situações em que nos sentimos aflitos, sós e algumas vezes em perigo de vida.
Sentimos que todos nos abandonaram, que perdemos o rumo e a angústia apodera-se de nós.
Quando estamos sob essa tensão, em que o mundo se parece abater sobre nós, em que algo ou alguém nos ameaça, procuramos tudo e mais alguma coisa onde nos possamos agarrar. Procuramos encontrar aquilo que nos possa "salvar".
Foi num momento desses que eu coloquei e mão no bolso e... que encontrei?
NADA...
Não encontrei nada, pois não há nada material que nos possa livrar dessas situações.

Não tinha nenhum "amuleto", mas também de nada iria servir. Apesar de respeitar quem as possa ter, não sou dado a grandes superstições e não ia ser num qualquer objecto que eu iria encontrar a paz de espírito necessária.

Não tinha dinheiro, mas também tenho a noção que, apesar deste ajudar bastante... Não nos pode livrar de tudo. Dá-nos o conforto, alivio numa ou outra situação. Livra-nos da pressão constante que esta sociedade nos coloca, mas apenas nos ajuda em parte. E em grande parte das situações, uma nota em nada nos pode ajudar.

Não tinha nenhuma arma. Também... nunca tive. Mas não acredito na Lei da força e não acho que uma arma fosse resolver a situação.

Não tinha nenhum "título" ou algo que me conferisse algum "poder". Vemos uma constante luta pelo poder. Uma constante procura de subir o nosso "status" social. Dentro das empresas, da família, do grupo de amigos, em todas as nossas esferas de acção na sociedade, assistimos a ilusões, mentiras e desonestidades na procura de sermos algo mais. Olhamos à nossa volta e vemos uma quantidade enorme de mascaras de pessoas que procurar aparentar ser algo que nunca foram e provavelmente nunca serão.

Parei... Com a mão num bolso cheio de nada... e cheguei à conclusão que aquilo que eu procurava... Nunca poderia ser transportado num bolso. O que eu procurava... O que considero que todos devemos procurar... Encontra-se dentro de nós. Na nossa mente... No nosso coração.
Fé... Não julgo, critico ou procuro definir qual a melhor Fé para cada um de nós. Fé em Deus, Fé em nós próprios, Fé que somos capazes. Capazes de algo melhor. Capazes de nos realizarmos, sem adulterarmos quem somos.
Sem fazer com que os outros vejam em nós algo que não somos. Sem fazer com que a nossa vida siga pelos caminhos que os outros julgam melhores para nós.
Mostrarmo-nos ao mundo como somos. Com os nossos defeitos e as nossas virtudes. Mostrarmos o caminho pelo qual queremos seguir, independentemente das batalhas que nos esperem pela frente. Mostrarmos ao mundo, que pela nossa fé, sabemos que vamos conseguir os nossos sonhos.
Procura em ti a tua Fé. Aquilo que te dá força nos momentos mais complicados, De fraqueza, de stress, de perigo, de solidão, de desespero, de angustia.
Olha para dentro de ti e sente o que fala mais forte dentro do teu coração.
Deixa que o amor te guie em honestidade. Em verdade contigo e com o mundo.
Não tenhas medo de assumir as tuas escolhas e os teus desafios.
Não tenhas medo de pedir ajuda.
Não te envergonhes se te sentires perdido ou sem saída.
Procura o teu "porto de abrigo" e confia que... com esse porto de abrigo na tua vida... Tudo irás conseguir!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Uma verdade Inconveniente

Há um ditado, que creio ser de origem árabe que diz que "a verdade é como que um espelho que se partiu em imensos pedaços. Cada um de nós pega num pedaço e fala sobre o que lá vê."Todos nós precisamos de verdade para viver e ela é algo que não podemos adquirir de ninguém. É nela que baseamos o nosso sentido equilibrio, pois é ela que define o que está certo e o que está errado, o que é sensato e o que é ridiculo. Mas o que define esse equilibrio? O que o constitui? o que o destroi? Porque não achamos ridiculo aquilo que era considerado verdade há uma centena de anos? Porque não rebolamos no chão a rir com as "verdades" que durante séculos regularam o mundo?Cada época, cada década, cada idade da vida tem as suas próprias verdades com as quais definimos a nossa realidade.O homem é, tanto no corpo como na mente, um equilíbrio de tensões. Só que as da mente, mais do que as do corpo, reorganizam-se com mais frequência. Equilibrado o espírito, temos a necessidade de incorporar uma ideia nova. Se esta não for expulsa, então é porque vemos nela verdade. Porque a verdade é isso mesmo: a inclusão de seja o que for no nosso mecanismo sem que seja criado conflito e que consigamos perceber coerência entre esse novo conhecimento e o que anteriormente tinhamos aceite. E, em certos momentos da nossa vida, deparamo-nos com verdades que se fortalecem dentro de nós e quando começam a ganhar raizes no nosso ser, começam a sobrepor-se ao que anteriormente tinhamos dentro de nós. E isso leva-nos a, de tempos a tempos, termos a necessidade de parar para reorganizar todo o esquema mental com que regíamos a nossa vida pois a verdade é um modo de estarmos bem connosco. Mas, muitas vezes, é um mistério sabermos o que nos faz sentir bem ou mal.As verdades de há cem anos são hoje ridículas porque sim. Até nos meus textos anteriores, publicados ou não, aquilo com o qual já não me identifico, não são muitas vezes as ideias ou a argumentação, mas a forma como olhava para os argumentos, os problemas, o "nível humano" como encarava as situações sobre as quais escrevia. Leio um texto escrito há um ano ou mais e é isso que sinto... que era eu, mas há uns tempos atrás. O autor é exactamente o mesmo. Há um nível etário para essa verdade existir. A verdade de que falei no passado é exactamente a de hoje. E, apesar disso, há um desfasamento no modo como corri para ela, me entusiasmei e me comovi com ela. Todos esses processos ainda agora estão presentes no meu dia-a-dia, mas num registo diferente. Não são as verdades que envelhecem, mas sim o nosso rosto e a nossa alma.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Perdão não tem "mas"!


Das coisas que menos concordo é ouvir um, "eu desculpo, mas...", "Eu perdoo, mas...", "Eu não guardo rancor, mas...". Não existe tal coisa como meio perdão, meia desculpa aceite, meio rancor. Não é coerente... Faz-me acreditar que a palavra "amor" e a palavra "perdão", estão a perder o seu verdadeiro significado.Quer sejamos crentes ou não, temos de admitir que o que está escrito na Biblia é a mais bela palavra de todas. Bastava que todos os que se dizem crentes, se esforçassem para a seguir mais de perto para estarmos num mundo melhor... se todos fossem Cristãos... então nem se fala.Existe uma passagem na Biblia que nos diz... "Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lucas 17:3-4). Sei que é quase utópico e impraticável fazer tal coisa, mas todos deviamos fazer um esforço nessa direcção.Muitas pessoas não entendem porque razão o arrependimento haverá de ser razão suficiente para perdoarmos seja o que for.Mas uma coisa eu vos garanto... Quando o arrependimento é verdadeiro, a dor que o mesmo provoca é suficiente para mudar qualquer coisa. A mágoa de um real arrependido é a pior dor que existe neste mundo. Todos conhecemos casos de pessoas que por causa de um erro, por causa de um arrependimento, nunca mais voltam a ser o que eram. Mesmo quando a pessoa ofendida lhes perdoe essa falha, perdoarmo-nos a nós próprios é muito mais complicado. A única solução é mesmo seguir em frente e procurar não repetir erros. Para isso, temos de nos esforçar verdadeiramente para encontrar a razão que nos levou a essa decisão.É verdade que a qualquer momento podemos ser confrontados com a situação em que um simples "sim" ou "não" pode mudar o rumo da nossa vida, mas não podemos viver com o medo de não errar. Devemos ter a noção que vamos errar e estar preparados para que todos os outros possam errar. Temos de procurar ter o coração limpo para perdoarmos verdadeiramente assim como ter a humildade para nos arrependermos de verdade!A pretensão de que não iremos mais cometer erros, é uma mera ilusão e é impraticável!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A felicidade


Nos meus momentos dedicados à introspecção, tenho dado por mim a pensar no verdadeiro significado de felicidade e de ser feliz!
Muitos olham a felicidade de acordo com factores fisiológicos e psicológicos. A felicidade é assim relacionada com factores como: envolvimento religioso ou político, estado civil, paternidade , idade, rendimento, etc.
A felicidade é uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento ou satisfação até à alegria intensa ou júbilo. Tem ainda o significado de bem-estar ou paz interna. Em linguagem comum, quando se diz "estou feliz", está-se a utilizar o primeiro significado — o de emoção. Enquanto que se se diz "sou feliz", se está a utilizar o significado de bem-estar. Por isso vemos ser, aquilo que acredito ser uma fusão destes significados. Falamos muito de momentos felizes e esquecemos o continuum temporal. Procuramos viver momentos felizes, esquecendo de trabalhar para um bom nível de felicidade durante um longo período de tempo. Procuramos a alegria imediata, a felicidade instantânea que uma vitoria nos trás e descuramos a felicidade que um longo período de paz e serenidade nos trás.
Por isso acredito que devo compreender que dentro de nós próprios, no profundo há uma inteligência enorme, simples, natural que sabe sempre o que fazer e onde nos levar. Trata-se de não a bloquear, mas sim deixá-la fluir, para que me indique o caminho.
Ao ouvir e acolher tudo o que surge em mim: tristeza, alegria, coisas boas ou más, bonitas ou feias, sem preconceitos, sem bloqueios e sem me opor, descobri o contacto com o meu espaço interior e com a minha essência.
Observei os incómodos e as inquietudes que invadiram o meu espaço interior e acolhi tudo o que é meu, o que gosto e o que não gosto e acredito que essa é caminho principal para estar bem comigo próprio.
Aceitar-me e deixar a minha essência me guiar a desabrochar e a realizar o meu caminho sem guerras interiores pela vida.
Qual o método que usei para chegar a esta conclusão? Recuar no tempo, uns 25 anos, até aquela data em que a sociedade ainda pouco tinha poluído a minha mente... Pensar no que me fazia feliz, no que me fazia sonhar, no porque de toda aquela paz.
Não quero voltar a ter 5 anos... Adoro os meus 30! Mas quero aquela paz... Aquela inocência, aquela alegria, aquela serenidade... Quero aquela felicidade!
"Felicidade não é o que acontece na nossa vida, mas como nós elaboramos esses acontecimentos. A diferença entre o sábio e o ignorante é que o primeiro sabe aproveitar suas dificuldades para evoluir, enquanto o segundo se sente vítima de seus problemas" - Roberto Shinyashiki

segunda-feira, 12 de julho de 2010



Ontem, a caminho de casa ouvi uma música que me fez parar. O cd de Jack Johnson, "Brushfire Fairytales", já tocava no meu carro à uns dias, mas esta ("It's all understood") musica não me tinha feito parar como ontem.
É de facto interessante certos acontecimentos, palavras, filmes, experiências ou músicas, nos marcam de acordo com a forma como a encaramos a altura!
A minha vida está repleta de actos, gestos, acções, percepções, ideias, opiniões e decisões que faziam todo o sentido naquele momento, mas que passada a caravana e acentada a poeira, olho para trás e vejo tudo o quanto estava encoberto e as mil e uma outras formas como poderia ter feito as coisas.
Quero acreditar que todos nós passamos por momentos assim, daí por vezes surgir algo com o qual nos identificamos na perfeição!
Mas tantas cabeçadas numa vida só? Estarei a ver o mundo com o olhar correcto?
Esta musica descreve bem certas linhas de pensamento que tenho tido...
"É tudo compreensivel" - diz Jack Johnson. - "Tudo é relativo, mesmo que não o compreendamos", "É tudo apenas "porque sim", mesmo que não o entendamos". "Sugestões em onde colocar fé, sugestões no que acreditar", "Mas o Bom Livro é bom e bem entendível, por isso nem questiones, se entendes o que digo, mas é tudo relativo","mesmo que não entendas".
Será esse o meu erro? Não conseguir confiar nos outros a ponto de deixar a minha vida navegar no mar da arbitrariedade?
Não quero acreditar nisso. Eu entrego-me à vida! Apenas isso! Cometo erros como todas as pessoas, mas quero acreditar que sou moldável! Que sei reconhecer os meus erros, as minhas falhas, as minhas lacunas e que me esforço por as colmatar! Será por isso?
Sou teimoso... É um facto! Quando vejo as coisas de uma determinada forma, é-me difícil contrariar essa linha de pensamento e passo muito tempo de pé atrás mesmo quando me mostram que não é assim. Mas tudo na vida se corrige!
Vivo muito de acordo com as emoções... também! Mas a vida deve ser sentida, e eu amo muito!
Vivi fechado a emoções muito tempo. Talvez por ter dificuldades em lidar com elas, talvez por ser mais seguro assim... Mas quando me entrego... é algo sem igual. Sei verdadeiramente o significado de ser capaz de me entregar a alguém!
Viram o filme, "O paciente inglês"? Porque é que tenho de ser sistematicamente parado pelo meu próprio exercito? E porque tenho de guardar em mim essas mágoas, esses fantasmas?

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O amor

O amor é capaz de ser dos temas sobre o qual mais se escreveu, pensou, cantou, etc. Sou apenas mais um e sem qualquer pretensiosismo de escrever algo inovador e fresco. Apenas o que me ocupa a mente de cada vez que o penso.
De todos os que povoaram este espaço terrestre que ocupamos, sem duvida alguma que a maior referencia de amor será Jesus. Ele define na perfeição o que é amar alguém ou algo.
Mas não é sobre esse amor perfeito que vos quero falar, mas sim do amor que nós, os comuns mortais somos capazes de sentir e de viver.
O nosso egoísmo impede-nos de experenciar em pleno as maravilhas que o amor tem para nos oferecer e torna-nos incapazes de o viver em pleno. Tenho pena que esta sociedade não nos ensine desde pequenos a saber esperar que o amor faça a sua obra. Queremos tudo à nossa maneira para ontem e de cada vez que alguém nos falha, mesmo que se denotem esforços e evoluções, temos tendência a abandonar e seguir um outro caminho.
É certo que não podemos viver amarrados à ilusão de que um amor passado regresse a uma relação já sem vida, mas devemos ter muito cuidado para não vivermos futuras relações com esse peso em cima de nós. Porque no passado já tentamos e não deu certo, não devemos perder a esperança de que quem nos ama pode realmente nos surpreender e crescer ao nosso lado.
A nossa sociedade, que nos impede de nos entregarmos e arriscarmos tudo num verdadeiro amor, é a mesma que faz chegar a nós milhentas histórias de amor. Umas da vida real, outras da literatura ou do cinema, mas todas elas nos fazem sonhar.
Romeu e Julieta, a Cinderela e o príncipe encantado, D. Pedro e D. Inês de Castro, Adão e Eva, Príncipe Ranier do Mónaco e Grace Kelly, Marco António e Cleópatra, Richard Burton e Elizabeth Taylor, os Duques de Windsor, Captain Von Trapp e Fraulein Maria, Pierre e Marie Curie, Ulisses e Penélope, Camões e Dinamene, Maria Callas e a sua paixão por Aristóteles Onassis. Cito apenas estes nomes mas os casos são incontáveis. Todos eles nos fazem sonhar e acreditar que um dia vamos viver um amor assim. Poucos o conseguem viver, menos ainda são os que o conseguem levar a bom porto. E temo que com o rumo que a nossa sociedade leva, cada vez serão menos esses mesmos casos.
Aquele sentimento que faz a paixão se curvar de vergonha, pois apesar de mais intensa e "louca", não tem um décimo da força para fazer um Homem avançar, crescer, lutar, mudar, viver. Nada a ele se compara e é com muita pena que constato que estamos a desistir.
Optamos por ser mais pacatos e serenos. Conseguir uma vida estável no trabalho, na família, na realização de objectivos e pomos de lado o amor pois ele dá muito trabalho, ocupa muito tempo.
É uma aventura que catalogamos como própria da adolescencia ou daqueles bem-aventurados que para ele têm tempo. Deixamos de dar valor à palavra amo-te e ela aparece no nosso vocabulário apenas para acalmar os ânimos de quem nos ama ou para nos apaziguar o espírito.
Na minha experiência posso dizer que o amor me proporcionou das vivências mais felizes de toda a minha existência e me obrigou a olhar bem para o fundo do meu ser. Obrigou-me a reconhecer que tomei opções erradas e que lutei batalhas que não me diziam respeito. Que me cegou a ponto de não ver sequer que a minha luta estava a sufocar o próprio amor.
Afirmo sem a menor duvida o que toda a gente já sabe, mas poucos se empenham em o tornar realidade. Que há experiências que nos marcam para sempre e que a nós apenas nos compete tentar retirar delas o que de melhor elas tiveram.
Aprendi que tenho olhado demasiado para o meu umbigo e que nem me apercebi o quanto isso influenciava outras vidas.

Afirmo também, com toda a certeza, que o amor é o único sentimento que, mesmo mergulhado num mar de impossibilidade, não morre!

Olá de novo


De regresso, decidi abandonar todos os escritos anteriores e começar de novo.

Vou tentar abordar temas gerais, mas sobre uma prespectiva da minha vivencia pessoal, nunca colocando de lado um espirito critico.

E ao contrário dos textos anteriores, vou escrever "em directo". Nada de rascunhos e mais rascunhos, que levam a que a obra final nunca esteja terminada.

Meus amigos, vamos ver o que vai sair daqui...

Abraço forte e até breve!

terça-feira, 6 de abril de 2010

A felicidade exige valentia


"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falencia. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e periodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oasis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da Vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter seguranca para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

De Fernando Pessoa
Quão fácil é nos revermos nas palavras de Fernando Pessoa...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Não levar os problemas para casa

Com o crescente aumento do stress do quotidiano a que esta sociedade nos obriga, vemos cada vez mais ambientes familiares serem afectados por problemas alheios ao mesmo.
Certo dia fiquei bastante surpreendido com um gesto, que apesar da sua simplicidade, constatei ter uma eficacia tremenda e o qual pretendo tentar adoptar para a minha vida.
O dia começara bem cedo, comigo a ligar a um amigo para lhe dar boleia para uma "missão" que precisavamos realizar.
Chegado a casa dele, estive quase uma hora à sua porta esperando a sua chegada. Apareceu com um ar esbaforido, pedindo desculpa pela demora, mas tinha tido um problema com a maquina de lavar-roupa, tendo a cozinha completamente inundada. Chegados ao nosso destino e pouco depois do início da nossa tarefa, começaram os restantes azares desse dia. Aleijou-se e bem numa mão, perdeu a carteira ao almoço, recebeu um telefonema com uma noticia desagradável... Como seria de esperar, o regresso a casa foi feito num silencio absoluto, estando ele cabisbaixo e de olhar triste.
"Estaciona e entra" - Disse-me ele.
A caminho de sua casa, víu esticar os braços e tocar com as pontas dos dedos nos ramos mais baixos de uma arvore que tem perto do pátio.
Mal entrou em casa, agarrou o filho, beijou a mulher e com um sorriso imenso conversou e brincou até à minha despedida.
No dia seguinte, quando o fui buscar novamente, não resisti a perguntar.
"Ouve lá, como consegues isso? Ontem ias tão abatido e mal entraste em casa, parecias outro..."
"Sabes aquela arvore que tenho perto de minha casa?" - respondeu ele - "Todos os dias, ao chegar, penduro nela todos os problemas que fui apanhando durante o dia. O mais engraçado, é que todas as manhãs quando vou para pegar neles novamente, encontro sempre menos dos que me lembro ter deixado."
Não sei se resulta com todos, mas eu vou experimentar. Carregamos constantemente problemas aos quais não conseguimos fugir e por causa deles, prejudicamos relações e amizades que nada têm a ver com eles.
Deviam fazer o mesmo... Abraço e até breve...
Perdoem-me a falta de inspiração. :)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Umas verdades...

Peço PERDÃO pela desilusão, pela dor, pela tristeza, pela mágoa causada.


Hoje...
Ouvi umas coisas que precisava ouvir.
Não que fosse a primeira vez que o ouvi ou que se trata-se de algo que não sabia... Mas a vida tem destas coisas. Por vezes, aquelas palavras, ditas por aquela pessoa, naquele momento... Podem ser o que chamamos de uma pedrada no charco.
A melhor forma de descrever como me senti é... como um menino que se afastas dos pais sem permissão, se perde e apanha um grande susto. Quando volta aos braços dos pais, apenas baixa a cabeça e ouve o sermão sem contestar uma palavra.
É assim que me encontro neste momento. De cabeça baixa, mudo, quedo e com as lágrimas a cair-me pelo rosto. Não contesto, não reclamo, não justifico... nada!
Queria voltar a ser menino e que tudo isto se resolve-se com o colo da minha mãe. Mas já não o posso fazer! O que tenho, é o que semeei.
E sei que sou um sortudo pois sou amado... Sei que tudo se resolve... Sei que tudo é passageiro e uma aprendizagem...
Amanhã, mais um dia de trabalho, mais umas horas a sorrir. Depois, mais uma actuação da tuna e mais umas horas com a máscara...
Mas por agora... esta noite... vou continuar assim... de cabeça baixa, mudo, quedo e com as lágrimas a cair-me pelo rosto.
Até já!