quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ouve com atenção...
Lê com atenção...
Vê com atenção...
Sente como puderes...

Um pouco do que tenho para dizer, nas palavras de um outro alguém...

Peter Pan

segunda-feira, 4 de outubro de 2010



Todos nós já passamos por situações em que nos sentimos aflitos, sós e algumas vezes em perigo de vida.
Sentimos que todos nos abandonaram, que perdemos o rumo e a angústia apodera-se de nós.
Quando estamos sob essa tensão, em que o mundo se parece abater sobre nós, em que algo ou alguém nos ameaça, procuramos tudo e mais alguma coisa onde nos possamos agarrar. Procuramos encontrar aquilo que nos possa "salvar".
Foi num momento desses que eu coloquei e mão no bolso e... que encontrei?
NADA...
Não encontrei nada, pois não há nada material que nos possa livrar dessas situações.

Não tinha nenhum "amuleto", mas também de nada iria servir. Apesar de respeitar quem as possa ter, não sou dado a grandes superstições e não ia ser num qualquer objecto que eu iria encontrar a paz de espírito necessária.

Não tinha dinheiro, mas também tenho a noção que, apesar deste ajudar bastante... Não nos pode livrar de tudo. Dá-nos o conforto, alivio numa ou outra situação. Livra-nos da pressão constante que esta sociedade nos coloca, mas apenas nos ajuda em parte. E em grande parte das situações, uma nota em nada nos pode ajudar.

Não tinha nenhuma arma. Também... nunca tive. Mas não acredito na Lei da força e não acho que uma arma fosse resolver a situação.

Não tinha nenhum "título" ou algo que me conferisse algum "poder". Vemos uma constante luta pelo poder. Uma constante procura de subir o nosso "status" social. Dentro das empresas, da família, do grupo de amigos, em todas as nossas esferas de acção na sociedade, assistimos a ilusões, mentiras e desonestidades na procura de sermos algo mais. Olhamos à nossa volta e vemos uma quantidade enorme de mascaras de pessoas que procurar aparentar ser algo que nunca foram e provavelmente nunca serão.

Parei... Com a mão num bolso cheio de nada... e cheguei à conclusão que aquilo que eu procurava... Nunca poderia ser transportado num bolso. O que eu procurava... O que considero que todos devemos procurar... Encontra-se dentro de nós. Na nossa mente... No nosso coração.
Fé... Não julgo, critico ou procuro definir qual a melhor Fé para cada um de nós. Fé em Deus, Fé em nós próprios, Fé que somos capazes. Capazes de algo melhor. Capazes de nos realizarmos, sem adulterarmos quem somos.
Sem fazer com que os outros vejam em nós algo que não somos. Sem fazer com que a nossa vida siga pelos caminhos que os outros julgam melhores para nós.
Mostrarmo-nos ao mundo como somos. Com os nossos defeitos e as nossas virtudes. Mostrarmos o caminho pelo qual queremos seguir, independentemente das batalhas que nos esperem pela frente. Mostrarmos ao mundo, que pela nossa fé, sabemos que vamos conseguir os nossos sonhos.
Procura em ti a tua Fé. Aquilo que te dá força nos momentos mais complicados, De fraqueza, de stress, de perigo, de solidão, de desespero, de angustia.
Olha para dentro de ti e sente o que fala mais forte dentro do teu coração.
Deixa que o amor te guie em honestidade. Em verdade contigo e com o mundo.
Não tenhas medo de assumir as tuas escolhas e os teus desafios.
Não tenhas medo de pedir ajuda.
Não te envergonhes se te sentires perdido ou sem saída.
Procura o teu "porto de abrigo" e confia que... com esse porto de abrigo na tua vida... Tudo irás conseguir!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Uma verdade Inconveniente

Há um ditado, que creio ser de origem árabe que diz que "a verdade é como que um espelho que se partiu em imensos pedaços. Cada um de nós pega num pedaço e fala sobre o que lá vê."Todos nós precisamos de verdade para viver e ela é algo que não podemos adquirir de ninguém. É nela que baseamos o nosso sentido equilibrio, pois é ela que define o que está certo e o que está errado, o que é sensato e o que é ridiculo. Mas o que define esse equilibrio? O que o constitui? o que o destroi? Porque não achamos ridiculo aquilo que era considerado verdade há uma centena de anos? Porque não rebolamos no chão a rir com as "verdades" que durante séculos regularam o mundo?Cada época, cada década, cada idade da vida tem as suas próprias verdades com as quais definimos a nossa realidade.O homem é, tanto no corpo como na mente, um equilíbrio de tensões. Só que as da mente, mais do que as do corpo, reorganizam-se com mais frequência. Equilibrado o espírito, temos a necessidade de incorporar uma ideia nova. Se esta não for expulsa, então é porque vemos nela verdade. Porque a verdade é isso mesmo: a inclusão de seja o que for no nosso mecanismo sem que seja criado conflito e que consigamos perceber coerência entre esse novo conhecimento e o que anteriormente tinhamos aceite. E, em certos momentos da nossa vida, deparamo-nos com verdades que se fortalecem dentro de nós e quando começam a ganhar raizes no nosso ser, começam a sobrepor-se ao que anteriormente tinhamos dentro de nós. E isso leva-nos a, de tempos a tempos, termos a necessidade de parar para reorganizar todo o esquema mental com que regíamos a nossa vida pois a verdade é um modo de estarmos bem connosco. Mas, muitas vezes, é um mistério sabermos o que nos faz sentir bem ou mal.As verdades de há cem anos são hoje ridículas porque sim. Até nos meus textos anteriores, publicados ou não, aquilo com o qual já não me identifico, não são muitas vezes as ideias ou a argumentação, mas a forma como olhava para os argumentos, os problemas, o "nível humano" como encarava as situações sobre as quais escrevia. Leio um texto escrito há um ano ou mais e é isso que sinto... que era eu, mas há uns tempos atrás. O autor é exactamente o mesmo. Há um nível etário para essa verdade existir. A verdade de que falei no passado é exactamente a de hoje. E, apesar disso, há um desfasamento no modo como corri para ela, me entusiasmei e me comovi com ela. Todos esses processos ainda agora estão presentes no meu dia-a-dia, mas num registo diferente. Não são as verdades que envelhecem, mas sim o nosso rosto e a nossa alma.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Perdão não tem "mas"!


Das coisas que menos concordo é ouvir um, "eu desculpo, mas...", "Eu perdoo, mas...", "Eu não guardo rancor, mas...". Não existe tal coisa como meio perdão, meia desculpa aceite, meio rancor. Não é coerente... Faz-me acreditar que a palavra "amor" e a palavra "perdão", estão a perder o seu verdadeiro significado.Quer sejamos crentes ou não, temos de admitir que o que está escrito na Biblia é a mais bela palavra de todas. Bastava que todos os que se dizem crentes, se esforçassem para a seguir mais de perto para estarmos num mundo melhor... se todos fossem Cristãos... então nem se fala.Existe uma passagem na Biblia que nos diz... "Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lucas 17:3-4). Sei que é quase utópico e impraticável fazer tal coisa, mas todos deviamos fazer um esforço nessa direcção.Muitas pessoas não entendem porque razão o arrependimento haverá de ser razão suficiente para perdoarmos seja o que for.Mas uma coisa eu vos garanto... Quando o arrependimento é verdadeiro, a dor que o mesmo provoca é suficiente para mudar qualquer coisa. A mágoa de um real arrependido é a pior dor que existe neste mundo. Todos conhecemos casos de pessoas que por causa de um erro, por causa de um arrependimento, nunca mais voltam a ser o que eram. Mesmo quando a pessoa ofendida lhes perdoe essa falha, perdoarmo-nos a nós próprios é muito mais complicado. A única solução é mesmo seguir em frente e procurar não repetir erros. Para isso, temos de nos esforçar verdadeiramente para encontrar a razão que nos levou a essa decisão.É verdade que a qualquer momento podemos ser confrontados com a situação em que um simples "sim" ou "não" pode mudar o rumo da nossa vida, mas não podemos viver com o medo de não errar. Devemos ter a noção que vamos errar e estar preparados para que todos os outros possam errar. Temos de procurar ter o coração limpo para perdoarmos verdadeiramente assim como ter a humildade para nos arrependermos de verdade!A pretensão de que não iremos mais cometer erros, é uma mera ilusão e é impraticável!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A felicidade


Nos meus momentos dedicados à introspecção, tenho dado por mim a pensar no verdadeiro significado de felicidade e de ser feliz!
Muitos olham a felicidade de acordo com factores fisiológicos e psicológicos. A felicidade é assim relacionada com factores como: envolvimento religioso ou político, estado civil, paternidade , idade, rendimento, etc.
A felicidade é uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento ou satisfação até à alegria intensa ou júbilo. Tem ainda o significado de bem-estar ou paz interna. Em linguagem comum, quando se diz "estou feliz", está-se a utilizar o primeiro significado — o de emoção. Enquanto que se se diz "sou feliz", se está a utilizar o significado de bem-estar. Por isso vemos ser, aquilo que acredito ser uma fusão destes significados. Falamos muito de momentos felizes e esquecemos o continuum temporal. Procuramos viver momentos felizes, esquecendo de trabalhar para um bom nível de felicidade durante um longo período de tempo. Procuramos a alegria imediata, a felicidade instantânea que uma vitoria nos trás e descuramos a felicidade que um longo período de paz e serenidade nos trás.
Por isso acredito que devo compreender que dentro de nós próprios, no profundo há uma inteligência enorme, simples, natural que sabe sempre o que fazer e onde nos levar. Trata-se de não a bloquear, mas sim deixá-la fluir, para que me indique o caminho.
Ao ouvir e acolher tudo o que surge em mim: tristeza, alegria, coisas boas ou más, bonitas ou feias, sem preconceitos, sem bloqueios e sem me opor, descobri o contacto com o meu espaço interior e com a minha essência.
Observei os incómodos e as inquietudes que invadiram o meu espaço interior e acolhi tudo o que é meu, o que gosto e o que não gosto e acredito que essa é caminho principal para estar bem comigo próprio.
Aceitar-me e deixar a minha essência me guiar a desabrochar e a realizar o meu caminho sem guerras interiores pela vida.
Qual o método que usei para chegar a esta conclusão? Recuar no tempo, uns 25 anos, até aquela data em que a sociedade ainda pouco tinha poluído a minha mente... Pensar no que me fazia feliz, no que me fazia sonhar, no porque de toda aquela paz.
Não quero voltar a ter 5 anos... Adoro os meus 30! Mas quero aquela paz... Aquela inocência, aquela alegria, aquela serenidade... Quero aquela felicidade!
"Felicidade não é o que acontece na nossa vida, mas como nós elaboramos esses acontecimentos. A diferença entre o sábio e o ignorante é que o primeiro sabe aproveitar suas dificuldades para evoluir, enquanto o segundo se sente vítima de seus problemas" - Roberto Shinyashiki

segunda-feira, 12 de julho de 2010



Ontem, a caminho de casa ouvi uma música que me fez parar. O cd de Jack Johnson, "Brushfire Fairytales", já tocava no meu carro à uns dias, mas esta ("It's all understood") musica não me tinha feito parar como ontem.
É de facto interessante certos acontecimentos, palavras, filmes, experiências ou músicas, nos marcam de acordo com a forma como a encaramos a altura!
A minha vida está repleta de actos, gestos, acções, percepções, ideias, opiniões e decisões que faziam todo o sentido naquele momento, mas que passada a caravana e acentada a poeira, olho para trás e vejo tudo o quanto estava encoberto e as mil e uma outras formas como poderia ter feito as coisas.
Quero acreditar que todos nós passamos por momentos assim, daí por vezes surgir algo com o qual nos identificamos na perfeição!
Mas tantas cabeçadas numa vida só? Estarei a ver o mundo com o olhar correcto?
Esta musica descreve bem certas linhas de pensamento que tenho tido...
"É tudo compreensivel" - diz Jack Johnson. - "Tudo é relativo, mesmo que não o compreendamos", "É tudo apenas "porque sim", mesmo que não o entendamos". "Sugestões em onde colocar fé, sugestões no que acreditar", "Mas o Bom Livro é bom e bem entendível, por isso nem questiones, se entendes o que digo, mas é tudo relativo","mesmo que não entendas".
Será esse o meu erro? Não conseguir confiar nos outros a ponto de deixar a minha vida navegar no mar da arbitrariedade?
Não quero acreditar nisso. Eu entrego-me à vida! Apenas isso! Cometo erros como todas as pessoas, mas quero acreditar que sou moldável! Que sei reconhecer os meus erros, as minhas falhas, as minhas lacunas e que me esforço por as colmatar! Será por isso?
Sou teimoso... É um facto! Quando vejo as coisas de uma determinada forma, é-me difícil contrariar essa linha de pensamento e passo muito tempo de pé atrás mesmo quando me mostram que não é assim. Mas tudo na vida se corrige!
Vivo muito de acordo com as emoções... também! Mas a vida deve ser sentida, e eu amo muito!
Vivi fechado a emoções muito tempo. Talvez por ter dificuldades em lidar com elas, talvez por ser mais seguro assim... Mas quando me entrego... é algo sem igual. Sei verdadeiramente o significado de ser capaz de me entregar a alguém!
Viram o filme, "O paciente inglês"? Porque é que tenho de ser sistematicamente parado pelo meu próprio exercito? E porque tenho de guardar em mim essas mágoas, esses fantasmas?

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O amor

O amor é capaz de ser dos temas sobre o qual mais se escreveu, pensou, cantou, etc. Sou apenas mais um e sem qualquer pretensiosismo de escrever algo inovador e fresco. Apenas o que me ocupa a mente de cada vez que o penso.
De todos os que povoaram este espaço terrestre que ocupamos, sem duvida alguma que a maior referencia de amor será Jesus. Ele define na perfeição o que é amar alguém ou algo.
Mas não é sobre esse amor perfeito que vos quero falar, mas sim do amor que nós, os comuns mortais somos capazes de sentir e de viver.
O nosso egoísmo impede-nos de experenciar em pleno as maravilhas que o amor tem para nos oferecer e torna-nos incapazes de o viver em pleno. Tenho pena que esta sociedade não nos ensine desde pequenos a saber esperar que o amor faça a sua obra. Queremos tudo à nossa maneira para ontem e de cada vez que alguém nos falha, mesmo que se denotem esforços e evoluções, temos tendência a abandonar e seguir um outro caminho.
É certo que não podemos viver amarrados à ilusão de que um amor passado regresse a uma relação já sem vida, mas devemos ter muito cuidado para não vivermos futuras relações com esse peso em cima de nós. Porque no passado já tentamos e não deu certo, não devemos perder a esperança de que quem nos ama pode realmente nos surpreender e crescer ao nosso lado.
A nossa sociedade, que nos impede de nos entregarmos e arriscarmos tudo num verdadeiro amor, é a mesma que faz chegar a nós milhentas histórias de amor. Umas da vida real, outras da literatura ou do cinema, mas todas elas nos fazem sonhar.
Romeu e Julieta, a Cinderela e o príncipe encantado, D. Pedro e D. Inês de Castro, Adão e Eva, Príncipe Ranier do Mónaco e Grace Kelly, Marco António e Cleópatra, Richard Burton e Elizabeth Taylor, os Duques de Windsor, Captain Von Trapp e Fraulein Maria, Pierre e Marie Curie, Ulisses e Penélope, Camões e Dinamene, Maria Callas e a sua paixão por Aristóteles Onassis. Cito apenas estes nomes mas os casos são incontáveis. Todos eles nos fazem sonhar e acreditar que um dia vamos viver um amor assim. Poucos o conseguem viver, menos ainda são os que o conseguem levar a bom porto. E temo que com o rumo que a nossa sociedade leva, cada vez serão menos esses mesmos casos.
Aquele sentimento que faz a paixão se curvar de vergonha, pois apesar de mais intensa e "louca", não tem um décimo da força para fazer um Homem avançar, crescer, lutar, mudar, viver. Nada a ele se compara e é com muita pena que constato que estamos a desistir.
Optamos por ser mais pacatos e serenos. Conseguir uma vida estável no trabalho, na família, na realização de objectivos e pomos de lado o amor pois ele dá muito trabalho, ocupa muito tempo.
É uma aventura que catalogamos como própria da adolescencia ou daqueles bem-aventurados que para ele têm tempo. Deixamos de dar valor à palavra amo-te e ela aparece no nosso vocabulário apenas para acalmar os ânimos de quem nos ama ou para nos apaziguar o espírito.
Na minha experiência posso dizer que o amor me proporcionou das vivências mais felizes de toda a minha existência e me obrigou a olhar bem para o fundo do meu ser. Obrigou-me a reconhecer que tomei opções erradas e que lutei batalhas que não me diziam respeito. Que me cegou a ponto de não ver sequer que a minha luta estava a sufocar o próprio amor.
Afirmo sem a menor duvida o que toda a gente já sabe, mas poucos se empenham em o tornar realidade. Que há experiências que nos marcam para sempre e que a nós apenas nos compete tentar retirar delas o que de melhor elas tiveram.
Aprendi que tenho olhado demasiado para o meu umbigo e que nem me apercebi o quanto isso influenciava outras vidas.

Afirmo também, com toda a certeza, que o amor é o único sentimento que, mesmo mergulhado num mar de impossibilidade, não morre!

Olá de novo


De regresso, decidi abandonar todos os escritos anteriores e começar de novo.

Vou tentar abordar temas gerais, mas sobre uma prespectiva da minha vivencia pessoal, nunca colocando de lado um espirito critico.

E ao contrário dos textos anteriores, vou escrever "em directo". Nada de rascunhos e mais rascunhos, que levam a que a obra final nunca esteja terminada.

Meus amigos, vamos ver o que vai sair daqui...

Abraço forte e até breve!

terça-feira, 6 de abril de 2010

A felicidade exige valentia


"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falencia. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e periodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oasis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da Vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter seguranca para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

De Fernando Pessoa
Quão fácil é nos revermos nas palavras de Fernando Pessoa...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Não levar os problemas para casa

Com o crescente aumento do stress do quotidiano a que esta sociedade nos obriga, vemos cada vez mais ambientes familiares serem afectados por problemas alheios ao mesmo.
Certo dia fiquei bastante surpreendido com um gesto, que apesar da sua simplicidade, constatei ter uma eficacia tremenda e o qual pretendo tentar adoptar para a minha vida.
O dia começara bem cedo, comigo a ligar a um amigo para lhe dar boleia para uma "missão" que precisavamos realizar.
Chegado a casa dele, estive quase uma hora à sua porta esperando a sua chegada. Apareceu com um ar esbaforido, pedindo desculpa pela demora, mas tinha tido um problema com a maquina de lavar-roupa, tendo a cozinha completamente inundada. Chegados ao nosso destino e pouco depois do início da nossa tarefa, começaram os restantes azares desse dia. Aleijou-se e bem numa mão, perdeu a carteira ao almoço, recebeu um telefonema com uma noticia desagradável... Como seria de esperar, o regresso a casa foi feito num silencio absoluto, estando ele cabisbaixo e de olhar triste.
"Estaciona e entra" - Disse-me ele.
A caminho de sua casa, víu esticar os braços e tocar com as pontas dos dedos nos ramos mais baixos de uma arvore que tem perto do pátio.
Mal entrou em casa, agarrou o filho, beijou a mulher e com um sorriso imenso conversou e brincou até à minha despedida.
No dia seguinte, quando o fui buscar novamente, não resisti a perguntar.
"Ouve lá, como consegues isso? Ontem ias tão abatido e mal entraste em casa, parecias outro..."
"Sabes aquela arvore que tenho perto de minha casa?" - respondeu ele - "Todos os dias, ao chegar, penduro nela todos os problemas que fui apanhando durante o dia. O mais engraçado, é que todas as manhãs quando vou para pegar neles novamente, encontro sempre menos dos que me lembro ter deixado."
Não sei se resulta com todos, mas eu vou experimentar. Carregamos constantemente problemas aos quais não conseguimos fugir e por causa deles, prejudicamos relações e amizades que nada têm a ver com eles.
Deviam fazer o mesmo... Abraço e até breve...
Perdoem-me a falta de inspiração. :)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Umas verdades...

Peço PERDÃO pela desilusão, pela dor, pela tristeza, pela mágoa causada.


Hoje...
Ouvi umas coisas que precisava ouvir.
Não que fosse a primeira vez que o ouvi ou que se trata-se de algo que não sabia... Mas a vida tem destas coisas. Por vezes, aquelas palavras, ditas por aquela pessoa, naquele momento... Podem ser o que chamamos de uma pedrada no charco.
A melhor forma de descrever como me senti é... como um menino que se afastas dos pais sem permissão, se perde e apanha um grande susto. Quando volta aos braços dos pais, apenas baixa a cabeça e ouve o sermão sem contestar uma palavra.
É assim que me encontro neste momento. De cabeça baixa, mudo, quedo e com as lágrimas a cair-me pelo rosto. Não contesto, não reclamo, não justifico... nada!
Queria voltar a ser menino e que tudo isto se resolve-se com o colo da minha mãe. Mas já não o posso fazer! O que tenho, é o que semeei.
E sei que sou um sortudo pois sou amado... Sei que tudo se resolve... Sei que tudo é passageiro e uma aprendizagem...
Amanhã, mais um dia de trabalho, mais umas horas a sorrir. Depois, mais uma actuação da tuna e mais umas horas com a máscara...
Mas por agora... esta noite... vou continuar assim... de cabeça baixa, mudo, quedo e com as lágrimas a cair-me pelo rosto.
Até já!

domingo, 22 de novembro de 2009

Oração de Mahatma Gandhi


Meu Senhor...

Ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes e a não dizes mentiras para ganhar o aplauso dos débeis...
Se me dás fortuna, não me tires a razão.
Se me dás êxito, não me tires a humildade.
Se me dás humildade, não me tires a dignidade.
Ajuda-me sempre a ver a outra face da medalha, Não me deixes culpar a outrem de traição por não pensar como eu.
Ensina-me a querer aos outros como a mim mesmo.
Não me deixes cair no orgulho se triunfo, nem no desespero se fracasso.
Mas antes recorda-me que o fracasso é a experiência que precede o triunfo.
Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e que a vingança é um sinal de fraqueza.
Se me tiras o êxito, deixa-me forças para aprender com o fracasso.
Se eu ofender a alguém, da-me energias para pedir desculpa e se alguém me ofende, dá-me energias para perdoar.

Senhor... se eu me esquecer de Ti, nunca Te esqueças de mim!

De volta... Serei capaz?

Ora boas tardes...
Depois de tanto tempo de ausência, devo confessar que é um pouco estranho voltar a escrever aqui... Sinto quase como se tivesse traido todos aqueles que, com maior ou menor regularidade, me seguiam.
De qualquer modo... vou tentar.
Começo por pedir desculpa pela ausencia e informar que vou levar algum tempo a voltar a ter o entusiasmo de outrora.
Mas parar é morrer e recuso-me a ceder às pressões do mundo!
Enfim... veremos o que vai sair nos próximos tempos...
Beijinhos e abraços

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A Sabedoria pelo Exemplo


Nunca digas que és filósofo - e coíbe-te o mais possível de falar por máximas a pessoas vulgares. Pratica antes o que prescrevem as máximas. Por exemplo: não digas num festim como se deve comer, mas antes come como se deve comer. Que te lembres, em boa hora, como agia Sócrates: sempre fugindo da ostentação, acontecia que, quando pessoas o procuravam para serem conhecidas de filósofos, ele próprio tecia o elogio dos recém-chegados, e aos filósofos os apresentava, tal era o seu desejo de que não dessem por ele.
Se, entre pessoas vulgares, a conversa incidir sobre esta ou aquela máxima, mantém-te em silêncio sempre que possas. Pois, caso contrário, um grande risco podes correr: vomitar de súbito o que ainda não digeriste. E se alguém te disser «Tu nada sabes», e caso não te sintas ofendido por tal despropósito, que saibas começas a ser filósofo. Porque não é restituindo aos pastores a erva comida que as ovelhas lhes provam aquilo que ingeriram. Uma só coisa é verdadeira: uma vez que as ovelhas digeriram o pasto, elas oferecem ao exterior unicamente a lã e o leite. Assim, pois, não ostentes opiniões, através de máximas, entre pessoas vulgares: melhor será que lhes mostres, pelo silêncio, a sapiência que ao longo do tempo foste digerindo.

Epicteto, in 'Manual'

sábado, 1 de agosto de 2009

Inquérito 2


Alguns dicionários definem moral como "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada", ou seja, regras estabelecidas e aceites pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.
Daqui a 10 dias, quando o inquerito for encerrado, publicarei a minha opinião. É um assunto complicado e sensivel quando abordado com seriedade.
Convido quem quiser colocar um caso em particular ou tecer mais algum comentário sobre o assunto a o fazer sob a forma de comentário a este "post".

Abraço e obrigado.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

"Mais vale morrer de pé que viver ajoelhado." Será?



Ernesto Guevara de la Serna, mais conhecido por "Ché" Guevara, foi das primeiras figuras de renome mundial que me ficaram gravadas na memória. Durante anos, a famosa frase, "Antes morrer de pé que viver ajoelhado" a ele atribuída, era dita por mim de peito feito. E custasse o que custasse, agia de acordo com aquilo em que acreditava e com mais ou menos esforço, com mais ou menos atribulações, ia avançando e conseguindo o que pretendia na vida. Esta minha forma de agir apesar de realmente resolver todos os meus problemas, criava demasiados danos à minha volta. Funcionava quase como uma bomba em que a explosão aniquila o problema, mas as inevitáveis ondas de choque dão origem a outros problemas que também têm de ser resolvidos. Com o passar do tempo, após muito tempo de reflexão cheguei à conclusão que este método originava um turbilhão de situações, que além de me manterem ocupado, pouco de positivo me traziam e não compensavam os estragos e as dores de cabeça causadas. Decidi então abrandar.Antes de resolver seja o que for, pedir conselhos a quem sabe mais que eu e tentar agir de forma mais correcta, ordeira e respeitadora dos outros. Às duas por três, dei por mim muito mais leve e confiante. É verdade que por vezes me aparecem situações cuja resposta vai muito além das minhas capacidades, mas sei que com paciência e seriedade conseguirei ultrapassar todos os resultados. Recentemente dei por mim, e voltando à imagem que o grande "Che" me transmitiu", estando frente a frente com situações que exigiam tudo de mim. Por agir de forma menos impulsiva e "guerreira", por deixar as coisas rolarem à espera de que a forma de solucionar as questões da maneira menos intrusiva e turbulenta possível, dei por mim a viver de joelhos. Não só de joelhos, pois não me sento capaz de avançar, mas também vendado pois não vejo a solução, ainda amordaçado pois não sei o que dizer como a quem o dizer e ainda de mãos atadas pois não sei como agir. Encontro-me como que refém de problemas que se agigantaram perante mim. Mas, tal como em tempos foi construída uma torre para que os que mordidos por serpentes venenosas pudessem olhar para o alto e assim escaparem da morte, também eu mesmo nesta condição nova para mim, levanto a cabeça e sei que vou encontrar forma de superar todas estas atribulações pois já sei que não estou sozinho.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

País de brandos costumes


"Se você quiser civilizar um homem, comece pela avó dele."
Foi esta frase de Vitor Hugo que me levou a estas palavras. Portugal, país de brandos costumes, é também um país onde a falta de civismo e educação impera. Todos os dias somos confrontados com atitudes egoistas por parte de todos os que nos rodeiam. Mal saimos de casa, às 8 da manhã, começamos a assistir uma total falta de respeito pelo próximo e pelo nosso planeta. Somos uns autenticos bárbaros a conduzir e o trajecto até ao local de trabalho torna-se um verdadeiro desafio. Além das constantes infracções ao codigo da estrada que colocam todos em perigo, além dos ditos "espertinhos" que furam por todo o lado e nos aparecem à frente vindo sabe-se lá de onde, ainda temos que aturar a poluição que fazem. Pelas janelas desses mesmos carros sai mesmo de tudo, desde música aos berros de todos os tipos e feitios, a papeis, comida, pontas de cigarros, etc. Chegados ao local de trabalho e depois de 30 minutos à procura de um lugar para estacionar, começamos a caminhada até aquela que vai ser a nossa "casa" pelas próximas 8 a 10 horas. Pelo caminho, é uma mistura de cuspidelas para o chão, lixo atirado para qualquer lado, "prendas" de caezitos cujos donos é que deveriam usar a trela e com uma banda sonora de carros a buzinar e pessoas a insultarem-se e a berrar por tudo e por nada. Finalmente, estamos sentados na secretária e pensamo-nos a salvo daquela selva exterior. Começam os papeis que eram para ontem, a luta incessante pela próxima promoção, a mentira, a cusquice, o desdém, a inveja.
Hoje passamos incolumes, nenhum estória inventada a nosso respeito, parece que tudo vai melhorar até que nos metemos de novo no carro, onde chegamos tipo zombies e já não nos importamos com mais nada. Agora é apenas chegar a casa e descansar de tudo isto e recuperar as forças para mais um dia. Entramos em casa, sentamo-nos, colocamos aquela música que nos faz relaxar e começar umas mini-férias interiores. Chegam os vizinhos com os filhos hiper-energéticos num berreiro que começa porque querem ficar no pátio a brincar, prolonga-se para o banho, demora-se porque não gostam do peixe do jantar e termina quando lhes é dito que chegou a hora de dormir. Alto, afinal os rapazitos não querem dormir... mais 15 minutos de "negociações" e lá acaba por vencer o joão pestana.
Ah, finalmente, são 22h e vamos poder descansar. A não ser que... pois, os restaurantes estão a fechar e as pessoas insistem em ficar mais uma hora a conversar à porta dos carros. E conversas acesas, talvez alimentadas pelo calor provocado por uma refeição bem regada.
Mas será que esta gente pensa que está sozinha no mundo? Nos paises nórdicos, o civismo e respeito pelo próximo começou a ser ensinado à muitos anos, quando ainda os avós dos jovens de hoje eram ainda miudos. E hoje nota-se uma diferença brutal! Quem me dera poder, num gesto só, mostrar a todos estes portugueses de brandos costumes, que existem pessoas para além deles próprios e que também merecem ser respeitados, não os obrigando a assistir em lugar de bancada a todas as barbáries que fazem.
Enfim, amanhã tento educar o mundo... por hoje desisto e vou para a cama, fecho as portadas duplas e isolo-me da loucura exterior.

inquerito - Um amigo agiu contra o teu conselho.



Dou por encerrado o primeiro inquérito deste blog agradecendo a participação de todos. Foi um questionário onde perguntei "Um amigo agiu contra o teu conselho. Resultado... Deu-se mal, magoou-se e magoou quem lhe é próximo e querido! ARREPENDEU-SE VERDADEIRAMENTE!".Ganhou por larga margem a hipótese 2 - "Aceitas o seu pedido de perdão e procuras com ele encontrar a melhor solução". Mesmo assim, surpreendeu-me o voto na ultima opção onde era dito "Não aceitas o seu pedido de perdão. Como magoou outros tem de ser punido. O arrependimento de nada serve.". Quero acreditar que foi uma brincadeira ou alguém que não percebeu bem a pergunta. Eu optei pela atitude, que pelos vistos é a mesma da grande maioria de vós. É fácil quando apenas temos de fazer um "clik", mas a grande dificuldade está em passar da teoria à pratica. Acredito que perdoar, é dos gestos mais nobres que a capacidade de livre arbítrio nós proporcionou, mas também sei que perdoar verdadeiramente é das atitudes mais difíceis com que o ser humano se pode deparar. Quando alguém erra contra nós, esse alguém torna-se culpado, errante. Se alguém se arrepende e nos pede para ser perdoado, temos que o perdoar, isto é, libertá-lo de sua culpa como transgressor. Quando eu o perdoo, não o considero mais culpado. Posso não ser literalmente capaz de esquecer o erro que ele cometeu, mas preciso deixar de lhe atribuir culpa, penalizar ou castigar pela sua falha. Quanto mais próximo o "errante" nos é, mais dificil se torna o perdão, mas também maior importância e pertinência ganha o mesmo. Por outro lado, ser perdoado pelo nosso erro não implica ficarmos incólumes às leis dos Homens. Toda a acção provoca uma reacção e é sempre de esperar uma consequência para o nosso erro e não nos podemos escudar atrás do arrependimento para viver uma vida sem preocupações. Agora quero dizer que vou estar atento. Todos nós iremos, mais cedo ou mais tarde, ser colocados perante uma situação em que o nosso perdão será pedido. E, como se diz na gíria, ai serão separados os Homens das crianças.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Chef mas pouco"


Uma vez que a minha mãe está a passar esta semana no algarve, já não é a primeira vez que aparecem pessoas preocupadas com as minhas refeições. Quero agradecer a todos os que se mostraram preocupados ou simplesmente curiosos com esses importantes momentos no dia-a-dia... os jantares! Aproveito para informar que gosto de cozinhar.
Não é tão agradável quando o fazemos por obrigação, mas não deixa de ser gratificante quando temos uma recompensa imediata por algo a que nos dedicamos.
A cozinha será sempre um local de aventuras inesqueciveis! Ainda me lembro de um arroz que quase me desidratou à primeira colherada que dei, de tão salgado que estava. E de ter passado mais de uma hora à espera que as batatas cozessem, antes de me ensinarem que partidas ao meio ou em quatro é a melhor e mais rapida forma de as cozinhar.
Neste momento, não só sei cozinhar mais do que batatas fritas e bife com ovo a cavalo, como já vejo esta arte como algo relaxante, divertido e que já me torna "autonomo" durante dias a fio.
Tudo isto tenho de agradecer à minha mãe, pela sua paciência e dedicação nas dicas que me foi dando.
Resta-me terminar com uma sincera afirmação: as refeições feitas pela minha mãe, serão sempre as melhores!

sábado, 18 de julho de 2009

Parabéns II



Também não posso deixar de dar os parabéns a Nelson Mandela que hoje festeja 91 anos! Obrigado por nos mostrar o quanto é possível fazer quando se acredita em algo. E que a mudança, mesmo que seja para algo melhor e mais correcto, só é possível com gestos de enorme coragem. Muitos Parabéns!

Parabéns e boa sorte!!!

Ora bem, além do sucesso da Tuna Académica do ISMAI explicito no lançamento do seu primeiro CD, quero aqui dar os meus parabéns salientar a excelente carreira musical que "os Tornados" estão a construir. Neste excelente conjunto integram dois elementos que passaram pela Tuna e marcaram presença no lançamento do CD. Aconselho a todos a compra do primeiro CD dos Tornados, pois é uma excelente aquisição. Para quem não conhece, coloco aqui o endereço deles no My Space.
Agradeço o terem conseguido encaixar o lançamento do CD da Tuna na sua agenda musical que está cada vez ais preenchida.
Quero também aproveitar para dar os parabéns ao jovem "Rodrigues". Sendo meu afilhado na Tuna Académica, é o tuno mais mais recente e provavelmente o primeiro membro a chegar a "TUNO" com apenas 20 anos. Esta menção vem na sequência de hoje, na revista do JN, vir mencionado a sua pagina do MY Space, também devido aos seus feitos musicais e onde é comparado a Ana Free e a Mia rose, dois fenómenos musicas que tiveram o seu inicio após terem sido descobertos também no My Space.
Quero aproveitar para dizer a todas as revistas cor-de-rosa, que estou disponível para entrar em acordo quanto à venda de fotografias de momentos menos próprios que a Tuna tem em seu poder dos 3 elementos acima referidos. Aproveitem enquanto ainda vendemos barato.Os meus parabéns e o desejo de muito boa sorte para todos vós e que todos os vossos sonhos se concretizem. Vocês merecem pois são a prova de que quem luta pelos seus sonhos, acaba por os ver realizados!

sexta-feira, 17 de julho de 2009



Declaro oficialmente a morte do "VARADAS". Não sei dizer com precisão porque motivo ele surgiu e muito menos porque ele se manteve presente na minha vida durante tanto tempo. Começou por ser uma máscara que se apoderou de mim perto dos meu 17 anos e que foi ganhando cada vez mais força até o inicio de 2009. Ajudava-me a lidar com todas as situações sociais a que todos estamos sujeitos no dia-a-dia. Mas neste último ano, tenho chegado à conclusão que não preciso desta máscara para nada e, além disso que esta mesma máscara só me tem prejudicado e me tem impedido de viver realmente. Mantinha-me estável, sem ter de lidar com as emoções negativas, mas também me impedia de viver todas as emoções positivas. Segundo Emile durkheim no seu livro "O Suicídio", bastava adicionar a este viver um estado geral de depressão profunda e era um perfeito candidato ao que ele qualificava de "suicídio melancólico". Mas... nunca fui muito chegado a depressões. Tenho passado bastante tempo a redescobrir-me, a aprender a lidar com as emoções, com os afectos, com as criticas dos outros e com quase todas as situações sociais que nos envolvem. Mas já estou mais próximo de reencontrar o meu caminho, aquele trilho que abandonei aos 17 anos e que tanto me prometia. Sinto como se tivesse colocado a minha vida em suspenso por 12 anos, mas estamos sempre a tempo de corrigir os erros do passado. A todos os que magoei, as minhas desculpas. A todos os que me magoaram, já passou. JPCMoreira olha o futuro com força, esperança e muito animo. No meio de momentos de tristeza e solidão sempre rodeado de pessoas e momentos de alegria que nunca antes tinha sentido, avanço e dou graças por ter aberto a minha vida a esta enxurrada de sentimentos.

Sorri

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

Charles Chaplin

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"O que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons" - Martin Luther King



Quando estas palavras foram ditas, foi num contexto de racismo e de revolta social de um tamanho tal que eu na minha curta existência e neste cantinho abençoado do planeta nunca tive de presenciar. Mas facilmente consigo transpor este pensamento para o dia-a-dia e o tornar num pensamento para todos nós. Quantas vezes permanecemos imóveis e silenciosos perante algo de errado, simplesmente porque não é nada connosco ou é mais fácil permanecer na sombra à espera que a situação se resolva sozinha.
Eu próprio já tive esta atitude algumas vezes e acabei sempre por me arrepender. A ultima que me lembro, foi em tuna e devido ao desaparecimento do nosso estandarte. Efectivamente a culpa não tinha sido minha, mas a minha passividade perante este erro do grupo, deu origem a um "raspanete" que na altura levei a mal e me senti injustiçado. Hoje, olhando para trás, só posso dizer – "desculpem a minha passividade e Chico... desculpa as minhas palavras."
Esta foi uma situação que se resolveu facilmente e da melhor forma tornando-se assim mais fácil digerir esta minha falha.
Mas quantas vezes é que o bichinho da passividade te mordeu e ficaste a olhar, à espera que o problema se resolvesse sozinho ou que um outro alguém arregaçasse as mangas e resolvesse a situação por ti?
Quantas pessoas conheces, que não estão felizes, que estão com problemas, que estão em situações ambíguas e tu nada fazes alem de um... "está tudo bem?"
Quantas pessoas vês à tua volta, que precisam da tua ajuda, das tuas palavras, dos teus conselhos e tu permaneces de mãos no bolsos a dizer... "eles são gregos que se entendam?"
Tens a noção que na maior parte das vezes, os problemas se tornam muito mais leves, simplesmente por lhes dares o teu apoio, emprestares os teus ouvidos, estenderes a tua mão?
Porque não ages? Porque não dizes, estou aqui fala-me da verdadeira dimensão da situação. Não prometo solução, mas prometo a minha amizade.
De que tens medo? De ter responsabilidade? De ter de dedicar mais de 5 minutos a um amigo? De ter de lidar com os teus próprios fantasmas através dos problemas de outro?
Há quem diga que a verdadeira pobreza é encoberta e escondida pelos próprios. Com a dor e o sofrimento pessoal funciona da mesma forma. Muitas vezes, passa-nos despercebido as dificuldades alheias e quando nos apercebemos, o espanto é tanto quer pela já enorme dimensão do problema à tanto escondido, quer por tantas vezes o olharmos sem o conseguirmos ver, que ficamos imóveis e sem reacção. Somos levados a ficar a assistir pensando que a pessoa virá ter connosco se realmente necessitar ou confiar em mim. Mas se assim fosse, porque o escondeu durante tanto tempo? Será que não foi alguma atitude tua que retraiu a partilha? Será que também não tens culpa nessa falha de comunicação? Se nasceu em ti alguma dúvida pelo que acabaste de ler… não hesites, perde uns minutos da tua vida e age. Se não nasceu dúvida, desde do poleiro e relê. Todos temos destas situações, podemos não nos aperceber, mas parando e reflectindo, encontramos logo várias. Eu lembrei-me de uma, por isso vou pegar agora no telefone e ganhar 10 minutos na conversa com um amigo. Sem medo do que vou ouvir e sem medo de ser intrusivo. No final de contas… É um bom amigo. Como um irmão.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Partilha


Alguma vez leram um livro de lápis na mão? Alguma vez pegaram num livro e o leram de fio a pavio, refletindo em todas as ideias que ele procura transmitir? Como aquelas palavras se encaixam na tua vida e em que estaria o autor a pensar quando as desenhou numa folha de papel ou as passou para o "word"? Com o passar do tempo e o acumular de leituras. comecei a encarar os livros como um psicólogo, um amigo, um conselheiro, um professor e um espelho. Através da sua leitura, entro num processo de auto-conhecimento e de busca interior, numa tentativa de encontrar em mim todos os sentimentos e ideias que o livro nos transmite. Sim, todas... porque ao longo da nossa vida, somos um autêntico cocktail de emoções e sentimentos tanto positivos como negativos. Quanto mais paramos para olharmos para dentro, melhor nos conhecemos e mais seguros nos sentimos com os passos que temos de dar ao longo da vida. Todo este sentimento estava "enterrado", "escondido" e "esquecido" dentro de mim, até que recentemente decidi partilhar com alguem este prazer pela leitura. Escolher um livro, senti-lo, vive-lo e por fim partilha-lo com um outro alguém! Apesar de lermos exactamente as mesmas palavras, de todas as vezes se chega à conclusão que a visão da estória lida é vivida e experimentada de forma diferente. Esta partilha, além de permitir parar para conversar sobre algo além dos assuntos deprimentes das noticias diárias, permite-nos também entrar mais um pouco no intimo de um outro alguém e partilhar mais essa visão do mundo. E quando o fazemos com alguém que respeitamos e admiramos... o prazer da partilha de um livro torna-se ainda mais valioso, significativo e único. Uma experiência a repetir vezes sem conta!

Já está à venda o primeiro album da Tuna do ISMAI



Apenas quero lembrar a todos que já está à venda o primeiro album da Tuna Académica do Instituto Superior da Maia. Um CD de elevada qualidade quer musical, quer visualmente. É um excelente Cd para ouvir regularmente assim como uma excelente prenda de aniversário. Tem um pouco de tudo, desde serenatas a músicas mais animadas e um ritmo alegre do principio ao fim!

E por apenas 10 euros tem acesso a uma obra musical sem igual e estará ao mesmo tempo a contribuir para que esta tuna possa renovar os seus instrumentos bem como fazer uma digressão para poder pesquisar novas sonoridades, expalhar e divulgar a cultura portuguesa.

A todos os interessados, podem fazer a encomenda também através deste blog. Bjs e Abraços.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Beleza escondida

"Ao receber o carinho de sua mãe sob a forma de uma leve caricia no rosto, o pequeno Bernardo, repeliu-a dizendo...
-Pára com isso mãe, tens umas mãos tão feias!
Ao ouvir estas palavras, a mãe começou a chorar e refugiou-se no seu quarto. Vendo está situação, o pai de bernardo chamou-o, sentou-o no seu colo e num tom triste e melancólico começou a falar-lhe...
- Sabes, quando eras pequenino, a casa onde vivíamos sofreu um grande incêndio. Para te salvar, uma vez que o fogo já tinha chegado ao teu berço, a tua mãe não hesitou um segundo. Mas ficou com as mãos para sempre marcadas e queimadas. É graças a ela, que ainda temos a felicidade e a alegria de te ter entre nós.
Ouvindo estas palavras, o pequeno Bernardo saiu do colo do pai e com as lágrimas a caírem pelo rosto foi bater à porta do quarto de sua mãe. Entrando, deparou-se com a sua mãe, sentada na cama ainda a limpar o rosto e sorrindo para ele. O pequeno Bernardo, sentou-se a seu lado, pegou-lhe nas mãos e beijando-as disse que eram as mãos mais belas e nobres do mundo. E assim ficaram durante quase uma hora, sem mais palavras, apenas se aconchegando um no outro"
Já não me recordo quando ouvi esta história, mas sei que me acompanha até aos dias de hoje.
Cada vez mais julgamos e criticamos os outros, sem parar um segundo para nos perguntar-mos o que originou determinada atitude ou acontecimento. É muito mais fácil assim.
Procurar a origem das coisas, pode levar-nos a mudar de opinião, a moldar os nossos pensamentos, a retirar comentários, a pedir desculpa, a abrir excepções. É mais fácil julgar sem nos preocuparmos em dar aos outros uma oportunidade de se explicarem, sem tentarmos calçar os "sapatos" do próximo. O "se fosse eu...", "se fosse comigo...", "eu não faria assim...", são constantes em quem expressa uma opinião sem procurar conhecer todos os factos. Sabemos as consequências e isso chega-nos para julgar e criticar o próximo. E é muito mais rápido e a nossa decisão torna-se muito mais fácil e acertada.
Mas serão essas as decisões mais acertadas?
Não julgues as atitudes do próximo sem tentar perceber o que o levou a fazer tal gesto e vais ver que acabas por ser muito mais capaz de ajudar e vais magoar muito menos pessoas!

Lançamento do primeiro album da Tuna Académica do ISMAI

Domingo, dia 12 de julho de 2009.

Esta é uma data que para todo o sempre permanecerá na minha memória. O lançamento oficial do primeiro album da minha Tuna, a melhor Tuna do mundo, a Tuna Académica do Instituto Superior da Maia.
Não hesito por um segundo em dizer que esta é a melhor tuna do mundo. É a tuna que mais me influênciou, mais me deu e à qual mais me dediquei. Tem um grupo de elementos no qual se encontram algumas das pessoas que guardo em maior estima e com as quais vivi momentos marcantes e seguramente que influênciou bastante a minha actual "maneira de ser", postura e visão do mundo!
Foi um espetáculo digno desse nome, aquele em que acompanhou este acontecimento deveras marcante no percurso deste grupo de amigos.
Além da toda a alegria que este momento me trouxe, pois foi o culminar de bastante trabalho e o culminar de muito tempo de expectativa, o que me levou a escrever aqui estas palavras foi também um pouco de desilusão com algumas pessoas.
Da mesma forma que a Tuna me marcou, tenho a certeza que também marcou muitas outras pessoas que por cá passaram e a ela dedicaram muito do seu tempo. Foi com muita tristeza que vi as horas passarem, o aproximar do momento x em que iriamos subir a palco e dar inicio ao realizar deste sonho de todos nós e continuar a não ver bastantes dos rostos que esperava que aqui tivessem marcado presença. A todos os que faltaram, sejam quais forem os vossos motivos, nunca esquecerei a vossa não comparencia. A todos os outros... Muito obrigado. Foi espetacular!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Apresentação

Boa tarde.

Decidi criar este blog para através dele partilhar ideias e opiniões sobre vários acontecimentos, momentos e pensamentos que me acompanham e me moldam a personalidade. Com esta partilhar, pretendo aliviar um pouco a minha alma e talvez, quem sabe, por alguns de vós também a pensar e reflectir sobre o vosso dia a dia, atitudes, postura e decisões na vida. Poderá ser algum pretenciosismo da inha parte, pensar que a minha opinião é suficientemente importante para fazer alguem parar e pensar, mas faz parte da minha forma de estar na vida, não desistir sem experimentar.
Desde já o meu muito obrigado a todos de vós que dedicaram parte do vosso tempo a ler as minhas palavras e obrigado a todos de vós que decidirem partilhar comigo os vossos pensamentos e opiniões.
Bjs, Abraços e até já!